Hoje Inteligência emocional é o grande diferencial na busca por emprego

Por Lucia Nunes
O mundo vive sob pressão psicológica a todo momento, seja na vida pessoal ou profissional. Tudo está contra o relógio. É uma correria diária que faz do ser humano um ser escravo do tempo. E toda esta situação tem criado doenças psiquiátricas e lotado os consultórios médicos. De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde – o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo, atingindo 9,3% de sua população, ou seja, 18,6 milhões de brasileiros.
Um número alarmante e preocupante para o desenvolvimento econômico do país. Ter uma população doente, significa mais afastamentos no trabalho, prejuízo para as empresas e gastos para o governo em saúde, quando há atendimento. É um efeito dominó. Mas as exigências das atividades no trabalho continuam e o grande diferencial hoje, na hora da contratação, é ter resiliência, ou seja, inteligência emocional. Saber conduzir as situações difíceis não só no mundo corporativo como no pessoal, é essencial. Se a pessoa não estiver com sua vida familiar bem, automaticamente, afetará em seu trabalho e vice-versa.
Muitas pessoas, sem saberem ao certo o que significa o termo resiliência ou inteligência emocional, têm destacado este tema no currículo para chamar a atenção do recrutador.
De acordo com uma pesquisa realizada por Travis Bradberry e Jean Greaves, autores do livro Inteligência Emocional 2.0, apenas 36% das pessoas possuem essa característica.
A Inteligência emocional é formada por doze as habilidades. Confira abaixo:
1.- Autoconsciência das emoções – É o primeiro passo e consiste em identificar as próprias emoções e gatilhos (sentimentos negativos que remetem a outras fases e situações da vida e que são reflexos de traumas, mágoas e marcas deixadas por algo ou alguém).
2.- Autocontrole das emoções – Depois de identificadas, é preciso questionar as emoções, a fim de compreendê-las.
3.- Orientação para realização – Significa assumir desafios e colocar metas para serem desenvolvidas a cada dia, com o objetivo de superar os padrões.
4.- Otimismo – Emoções são contagiosas. Por esse motivo, é fundamental enxergar o lado positivo das situações. O otimismo também é ideal para os relacionamentos interpessoais, porque atrai as pessoas.
5.- Adaptabilidade – É saber mudar e ser flexível quando necessário.
6.- Empatia – Se colocar no lugar do outro é uma maneira de identificar as preocupações, sentimentos e interesses do próximo.
7.- Consciência organizacional – É a capacidade de assimilar os grupos de relacionamento e entendê-los. Tem relação com a cultura e valores de uma comunidade ou empresa; por isso a identificação com os valores organizacionais é critério para seleção de candidatos.
8.- Influência – Consiste em gerar impactos positivos sobre os outros, bem como convencê-los e persuadi-los. Geralmente, é consequência de uma boa liderança.
9.- Treinamento e mentoria – São atividades que ativam as emoções positivas e promovem aprendizagem, conhecimento e desenvolvimento ao longo prazo, por meio de suporte, orientações e feedbacks.
10.- Gestão de conflitos – É a habilidade de usar a sensibilidade para ajudar o próximo a superar momentos emocionais tensos, estressantes e difíceis de resolver. Consiste em conduzir acordos, conciliações e solucionar desentendimentos.
11.- Liderança inspiradora – Transmite sentimentos positivos, como confiança e senso de propósito, e é capaz de extrair dos outros resultados satisfatórios.
12.- Trabalho em equipe – Esses todos conhecem. É o compartilhamento das responsabilidades e recompensas, é ajudar o colega, a fim de atingir as metas e objetivos da empresa.
“É bom lembrar que o caminho para o desenvolvimento da inteligência emocional não é linear. É comum ter períodos estagnados e outros mais acelerados. Uma dica é se concentrar sempre na terceira habilidade, a orientação para a realização, uma vez que ela ajuda muito na hora de organizar e executar as tarefas diárias. É uma base para as habilidades seguintes”, ressalta Tânia.
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