Árvore ou floresta?

Por Adriana Gomes

UMA PERGUNTA frequente entre jovens profissionais é se o mercado prefere especialistas ou generalistas. O que eu posso afirmar é que o mercado precisa dos dois.
O profissional generalista costuma desenvolver atividades relacionadas à estratégia. Aprimoram a visão e o pensamento globais -eles costumam ser os executivos. Para fazer uma analogia, dizemos que veem a organização como uma floresta.
No caso do especialista, ocorre o inverso. As aptidões desse tipo de profissional estão ligadas a questões processuais, a projetos, a melhorias específicas e à solução de problemas. Eles veem a organização como uma árvore.
Cada vez mais é valorizado o perfil híbrido, ou seja, profissionais que têm uma boa base técnica em determinada área, mas que conseguem atuar estrategicamente.
O mais importante é que a pessoa se conheça e saiba identificar em qual das áreas se sente confortável. O profissional deve descobrir se prefere uma atividade especializada ou se gosta da visão global. Não é raro escutar em reuniões empresariais que “promoveu-se um grande profissional e ganhou-se um péssimo líder”, pois as preferências do candidato nem sempre são bem avaliadas.
A carreira de especialista, muitas vezes, não é tão valorizada quanto a do executivo generalista. Hoje, temos um país com deficit de técnicos e de especialistas. Eles recebem remuneração diferenciada, pois respondem à fórmula da oferta e da demanda. Como são raros, custam mais caro.
ADRIANA GOMES é coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas na ESPM. Escreve quinzenalmente, aos domingos. Diretora do site www.vidaecarreira.com.br
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/adrianagomes/1190366-mercado-precisa-de-profissionais-especialistas-e-generalistas.shtml

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