Fui mandado embora: como abordar o tema em entrevistas

Por Roberta De Lucca para a #Trendings
com a colaboração de Adriana Gomes

Especialista explica se ter sido demitido prejudica a carreira e dificulta uma nova contratação 

Ainda vale a máxima de que ter sido mandado embora prejudica uma nova contratação? Definitivamente não, segundo Adriana Gomes, coordenadora nacional de Carreira e Mercado da ESPM. Isso porque qualquer pessoa pode ser demitida e hoje isso não é demérito. Fica uma questão: como abordar o tema em novas entrevistas de emprego? 

Houve um tempo em que pessoas ficavam numa empresa como projeto de vida até se aposentarem e ser demitido era uma vergonha. As pessoas se sentiam mal com isso, mas os tempos mudaram. Hoje, os recrutadores entendem que uma demissão pode ter motivos que não desvalorizam o profissional.  

Como explicar demissões sucessivas

O recrutador pode afinar o olhar quando descobre que o candidato foi desligado mais de uma vez durante o período de experiência. “Se a pessoa tiver várias mudanças de emprego em 2 ou 3 meses de empresa, sugere que há algum problema”, diz Adriana.  

Pode ser que isso ocorra por conta do profissional ou porque ele era perseguido pela liderança ou por alguém da equipe. Nesse caso, é importante contar com pessoas que possam passar referências positivas do candidato, se o recrutador pedir o contato de alguém. E aqui também vale a mesma recomendação: conte o fato brevemente, com informações suficientes para o recrutador entender o contexto. “Entrevistei muita gente ao longo da minha vida, mais de 15 mil pessoas, e ser demitido por desavença com chefe não é frequente”, diz Adriana. 

Como justificar uma demissão

“Num processo seletivo, o recrutador avalia se o candidato tem bons motivos para justificar a demissão”. Por bons motivos entenda-se uma promoção que inclui morar em outra cidade ou estado e a impossibilidade de o profissional fazer essa mudança, transferência da empresa para outra localidade e a pessoa preferir se manter onde vive e corte de pessoal, por exemplo. 

Segundo Adriana, situações como essas são compreensíveis e, na conversa com o recrutador, basta ter clareza para explicar o que aconteceu, sem detalhar muito. Nesse tipo de situação, concisão é tudo. 

Link original da matéria:
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