Desigualdade de gêneros ainda é grande nas empresas

 
Entrevista para a Rádio Bandeirantes


 

A Câmara Americana entrevistou 350 gestores de empresas sobre os desafios no tratamento igualitário de homens e mulheres nas organizações.

 

          Apesar de o número de mulheres que concluam o nível superior no Brasil seja superior aos dos homens (60%) e que possuam qualificações  apenas 6% ocuparem posições executivas. A maioria das empresas brasileiras ainda enfrenta desafios significativos de equivalência de gênero. A conclusão de um estudo da Câmara Americana de Comércio (Amcham) com 350 diretores e executivos de empresas, aplicada em outubro de 2016.

         Para 76% dos entrevistados e entrevistadas, na sua maioria gestores de recursos humanos de empresas dos mais variados portes e segmentos, as empresas ainda não tratam homens e mulheres de forma igualitária na estrutura organizacional e de gestão. Só 24% deles avaliam de forma satisfatória a temática e tratamento de gênero na sua companhia.

   80% dos entrevistados percebem diferença de tratamento nas promoções das novas lideranças, com maior número de homens em nível gerencial. 12%  consideram a seleção o momento de maior diferenciação, com maior preferência por gênero e não por competência. 8% apontam o estágio do desenvolvimento, com investimentos em treinamento desigual entre sexo na companhia.

Para que haja maior igualdade entre os gênero, existem três aspectos prioritários a serem trabalhados:

  • (47%) financeiro, igualando salários e benefícios entre gêneros do mesmo cargo;
  • (30%) recursos humanos, aumentando o número de mulheres no quadro de funcionários;
  • (23%) jurídico,igualando diretos e benefícios independente de gêneros.

 

Maternidade e carreira

    A maioria dos entrevistados pela Amcham (86%) avalia que o papel cultural das mulheres nas estruturas familiares ainda são fatores de interrupção de carreira. Para esta maioria, as mulheres arcarem com  parte desproporcionalmente maior das tarefas domésticas e, especialmente, na maternidade, inibe e reduz promoções e também as ambições femininas por cargos mais elevados.

          Para 78% , o fator maternidade ainda gera interrupções ou pausas em plano de carreira para mulheres executivas.

 

Equidade como pilar de gestão

          Na sondagem da Amcham, 52% declararam  NÃO ter um programa formal ou ação de incentivo à equidade de gênero. Das 48% das empresas que já possuem programa estruturado, 63% avaliam os resultados gerados a partir da ação ainda como “regulares”, com mudanças pontuais na cultura da empresaSó 19% estão satisfeitos com as ações e estágio atual do seu programa de equidade. 

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