NÓS SOMOS AS NOSSAS ESCOLHAS!

.Regina Martins

A vida de todo ser humano compõe-se de pequenas e contínuas escolhas. Pousar o olhar sobre um local, por exemplo, já constitui um ato de escolha porque ao escolher aquele ponto não optei por outro, deixei de lado outras alternativas, forçosamente.
De modo geral não se atenta para o poder da escolha. Ao se decidir por algo, seja no campo profissional ou pessoal, dá-se direção e rumo à vida. Porém, o mais significativo é que normalmente faz-se escolhas quase inconscientes, com um mínimo de reflexão, ou mesmo, sem nenhum questionamento.
Muitos indivíduos ao serem perguntados sobre o que querem na vida, quais suas escolhas, apenas sabem dizer o que não querem na vida. Quando não se sabe o que se quer, não se chega a lugar algum. Escolher é preciso!
Torna-se quase óbvio reforçar a necessidade de garantir a qualidade de tais escolhas. A razão é simples: nós somos as nossas escolhas! O fato de alguém cursar engenharia limitou outras possibilidades naquele momento, como por exemplo, de formar-se dentista e esse fato estará presente pelo resto de sua vida.
Nos dias atuais, um dos vocábulos mais ouvidos é desafio, Visão, Visão de futuro. Por que a preocupação com a Visão? Simplesmente porque ter uma Visão significa que uma escolha consciente foi feita. A Visão possui o poder de nos colocar em movimento, dá o foco para onde e como concentrar e aplicar as energias.
Desse modo, as tomadas de decisão são fortemente influenciadas pelas escolhas. As escolhas precedem o ato de agir no mundo e se realizadas com base na reflexão terão maiores chances de nos conduzir ao futuro próspero, mas, se impensadas, poderão resultar em fracasso.
A carreira profissional com pressões oriundas de todos os lados, bem como a falta de linearidade que a caracteriza hoje, transformou as decisões sobre a carreira uma seara de difíceis escolhas. A decisão no início da carreira, ou aos 50 anos quanto ao rumo que se quer dar à vida profissional, revela-se importantíssima para o sucesso, para a auto-estima e para o aplauso interno – muito dependerá da escolha certa.
No que tange à carreira, a multiplicidade talvez seja a melhor escolha. Uma única versão poderá tornar o profissional inviável, portanto, conhecer suas forças, suas competências e desenvolvê-las ao limite máximo é uma escolha que abre, que gera espaço e não uma escolha que fecha oportunidades, minando a empregabilidade.
Enfim, “viver” é diferente de “ir durando”, implica em escolhas conscientes que arrancam os indivíduos da zona de conforto, incomodam, sendo por isso evitadas. Sugiro aqui que há dois tipos de pessoas na vida – aquelas que sabem o que querem, que fazem suas escolhas e aquelas que deixam a vida decidir por elas.
A escolha é sua!


REGINA MARTINS, – Professora da ESPM, – MBA, Doutoranda em Ciências Sociais – PUC, Mestre em Administração, Consultora em RH e Diretora da MHM Consulting – mhm1@uol.com.br

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