Por Filipe Oliveira
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Yoga e ginástica laboral online, happy hour remoto, treinamentos e ajuda psicológica. Especialistas em RH revelam as medidas que algumas empresas adotaram para auxiliar funcionários no trabalho remoto
O trabalho home office já vinha sendo discutido e implementado em algumas empresas no Brasil. Mas com as medidas de isolamento social adotadas para combater a pandemia de Covid-19, as organizações tiveram que acelerar esse processo. E com um desafio extra: manter as equipes motivadas, produtivas e saudáveis mentalmente em um momento de incerteza e medo. Especialistas em RH falaram sobre o assunto durante o painel Carreira e Mercado de Trabalho – desafios pós-coronavírus, realizado virtualmente pelo Mestrado e Doutorado da ESPM.
De acordo com Luciana Caletti, vice-presidente para América Latina da Glassdoor, algumas empresas estão adotando medidas criativas para que a rotina de trabalho de seus funcionários não mude drasticamente. “Várias estão deixando os funcionários levarem mobília para se acomodarem em casa, algumas oferecem aulas de ginástica laboral e yoga por vídeo. Tem até happy hour remoto – às vezes até com um budget de R$ 50 para cada funcionário.”
As organizações também têm investido em treinamentos para produtividade e adotado novos canais de comunicação. “Hoje não é só pela intranet, mas por email, Slack, WhatsApp e onde mais for possível”, comenta a executiva do Glassdoor. “Outra preocupação é como reduzir a solidão e prestar apoio de suporte mental aos funcionários. O apoio nesse momento difícil é importante para tirar esse fantasma e a pessoa focar no que precisa entregar”.
Cristina Helena Pinto de Mello, pró Reitora de Pesquisa e Pós Graduação Stricto Sensu da ESPM, lembrou que não estamos vivendo um home office normal. “Estamos privados de serviços, com filhos em casa e recebendo um bombardeio de informações que mexem com as emoções. Será que isso não poderá afetar os resultados dessa experiência e prejudicar o futuro do home office?”
Para Adriana Gomes, líder do Programa de Integração Nacional de Carreiras da ESPM e diretora do site Vida&Carreira, essa experiência não será passageira. “Sem dúvida tende a ficar. Antigamente não se acreditava muito no home office porque achava que a produtividade poderia diminuir, mas estamos vendo que não é verdade.” Para a especialista, a tendência é que as empresas adotem um modelo de trabalho “híbrido”. “Nem 100% presencial e nem 100% home office como estamos vendo agora. Vão ser alguns dias no escritório e outros trabalhando remoto”.
Luciana Caletti, vice-presidente para América Latina da Glassdoor, também pensa que o modelo home office deverá continuar após a crise. “Acho que a tendência de médio ou longo prazo sempre foi essa. Mais trabalho home office e por projeto (sem contratos de longo prazo). O que estamos passando só está acelerando esse processo.”
De acordo com a VP do Glassdoor, a adesão cada vez maior do home office provocará o crescimento de outras áreas. “Acho que em breve vamos ver um crescimento muito grande de empresas que trabalham com tecnologia na nuvem e permitem ferramentas de comunicação remota”, diz Caletti. “E de segurança de dados também”, acrescenta Adriana.
Um desafio para a cultura
Henrique Calandra, fundador do Wall Jobs, também participou do debate. Para ele, o maior desafio das empresas com o trabalho remoto é preservar a cultura interna. “As empresas vão precisar engajar os funcionários de uma forma diferente. O principal problema é que a cultura interna pode acabar, o que prejudica o negócio a longo prazo”.
Já Adriana acredita que as empresas que podem ter maior dificuldade com essa mudança para o trabalho remoto são aquelas com uma “cultura familiar”. “Empresas em que os funcionários têm um pouco mais de proximidade e toque vão sofrer um pouco mais. Outras com característica de trabalho mais isolado, como escritórios de advocacia, devem se adaptar um pouco mais fácil.”
De acordo com Luciana Caletti, vice-presidente para América Latina da Glassdoor, algumas empresas estão adotando medidas criativas para que a rotina de trabalho de seus funcionários não mude drasticamente. “Várias estão deixando os funcionários levarem mobília para se acomodarem em casa, algumas oferecem aulas de ginástica laboral e yoga por vídeo. Tem até happy hour remoto – às vezes até com um budget de R$ 50 para cada funcionário.”
As organizações também têm investido em treinamentos para produtividade e adotado novos canais de comunicação. “Hoje não é só pela intranet, mas por email, Slack, WhatsApp e onde mais for possível”, comenta a executiva do Glassdoor. “Outra preocupação é como reduzir a solidão e prestar apoio de suporte mental aos funcionários. O apoio nesse momento difícil é importante para tirar esse fantasma e a pessoa focar no que precisa entregar”.
Cristina Helena Pinto de Mello, pró Reitora de Pesquisa e Pós Graduação Stricto Sensu da ESPM, lembrou que não estamos vivendo um home office normal. “Estamos privados de serviços, com filhos em casa e recebendo um bombardeio de informações que mexem com as emoções. Será que isso não poderá afetar os resultados dessa experiência e prejudicar o futuro do home office?”
Para Adriana Gomes, líder do Programa de Integração Nacional de Carreiras da ESPM e diretora do site Vida&Carreira, essa experiência não será passageira. “Sem dúvida tende a ficar. Antigamente não se acreditava muito no home office porque achava que a produtividade poderia diminuir, mas estamos vendo que não é verdade.” Para a especialista, a tendência é que as empresas adotem um modelo de trabalho “híbrido”. “Nem 100% presencial e nem 100% home office como estamos vendo agora. Vão ser alguns dias no escritório e outros trabalhando remoto”.
Luciana Caletti, vice-presidente para América Latina da Glassdoor, também pensa que o modelo home office deverá continuar após a crise. “Acho que a tendência de médio ou longo prazo sempre foi essa. Mais trabalho home office e por projeto (sem contratos de longo prazo). O que estamos passando só está acelerando esse processo.”
De acordo com a VP do Glassdoor, a adesão cada vez maior do home office provocará o crescimento de outras áreas. “Acho que em breve vamos ver um crescimento muito grande de empresas que trabalham com tecnologia na nuvem e permitem ferramentas de comunicação remota”, diz Caletti. “E de segurança de dados também”, acrescenta Adriana.
Um desafio para a cultura
Henrique Calandra, fundador do Wall Jobs, também participou do debate. Para ele, o maior desafio das empresas com o trabalho remoto é preservar a cultura interna. “As empresas vão precisar engajar os funcionários de uma forma diferente. O principal problema é que a cultura interna pode acabar, o que prejudica o negócio a longo prazo”.
Já Adriana acredita que as empresas que podem ter maior dificuldade com essa mudança para o trabalho remoto são aquelas com uma “cultura familiar”. “Empresas em que os funcionários têm um pouco mais de proximidade e toque vão sofrer um pouco mais. Outras com característica de trabalho mais isolado, como escritórios de advocacia, devem se adaptar um pouco mais fácil.”