Como você se coloca diante do futuro? Como um especialista, que não tem nada a aprender, ou como um aprendiz que ainda tem tudo pela frente?
Essa maneira de se posicionar diante da nossa vida talvez seja a mais adequada para os momento que vivemos hoje.
Tenho atendido cada vez mais profissionais seniores em busca de reposicionamento no mercado de trabalho.
Para muitos sobra energia e disposição. Uma miopia empresarial, deixar de contemplar essa parcela da população, que tende a crescer nos próximos anos. Se na década de 60 a expectativa girava em torno dos 6a a 65 anos, hoje esta entre 75 e 80 anos.
Entretanto, uma ressalva, talvez a grande resistência dos mais seniores seja o interesse e a curiosidade, principalmente pelo mundo digital e pelas tecnologias.
Acredito que haverá espaço por algum tempo, ainda, para o universo analógico, mas ele será cada vez menor, principalmente quando pensamos na questão profissional.
Claro que somos livres para escolher, porém seremos prisioneiros das consequências. Optar por evitar o mundo digital, fatalmente fará com que as escolhas profissionais sejam mais limitadas.
Preferir vem do latim praeferere e significa levar à frente. Parece-me uma indicação clara de que nossas escolhas devem ser feitas com os olhos no futuro, no uso de nosso livre-arbítrio.
Embora não haja respostas mágicas, algumas atitudes podem e devem ser adotadas .
Estar em constante processo de autoconhecimento; sintonizar-se com as novidades e as informações; ser curioso e investigativo; não aceitar respostas prontas; ouvir pessoas com experiência;
Se disponha a desenvolver novas habilidades e desenvolva suas potencialidades;
Se você gosta do que faz, se atualize no seu ramo de atividade. Essas são algumas das atitudes que aumentam significativamente seu potencial de seleção e escolha.
Fuja das respostas prontas e das soluções mágicas: as conquistas exigem grande dose de esforço pessoal, de dedicação e de paixão.
O fato de vivermos um tempo de incertezas torna tentadora as ofertas mirabolantes de solução que, paradoxalmente, ao invés de nos mostrar o caminho, nos afastam mais e mais de nossos verdadeiros desejos e de quem realmente somos.
É improvável que uma outra pessoa possa nos dizer o que fazer de nossas vidas: essa decisão cabe exclusivamente a nós.
Claro, podemos buscar auxílio, conselhos, sugestões, mas a decisão final será sempre nossa.
Como disse uma vez o filósofo francês Jean-Paul Sartre,
O homem será antes de mais nada, aquilo que tiver projetado ser.