Enfrentamos o paradoxo do mundo cada vez menor, pois temos facilidade de acesso a informações temas, áreas e assuntos de todos os cantos do mundo sobre todo tipo de assunto e, maior, justamente por conta disso. Essa possibilidade pode deixar a sensação que fazer uma escolha implica em perder muitas oportunidades e, é verdade.
Segundo os dados mais recentes da CBO – Classificação Brasileira de Ocupações, são 596 grupos de base ou famílias ocupacionais, onde se agrupam 2.422 ocupações. O Censo da Educação Superior 2010 apresenta que o Brasil possui, considerando apenas os cursos de graduação, 29.507 cursos presenciais e a distância e são reconhecidos pelo MEC 4.370 cursos superiores.
Sem dúvida que as dificuldades para escolher uma profissão e ou se manter atualizado requer o exercício de pesquisa e levantamentos sobre os conteúdos dos programas oferecidos, qualidade e reconhecimento das instituições. São exigidos outros movimentos como análise e tendências das necessidades de mercado para os próximos 10 ou 20 anos. Esse prazo leva em consideração que se leva pelo menos 10 anos para formar um bom profissional. O bom engenheiro, por exemplo, não se forma nos anos regulares da sua graduação, é preciso somar a isso a experiência.
Além desse percurso exterior, é preciso levar em conta o movimento interior, ou seja, a personalidade, interesses, valores pessoais, crenças, bem como o momento em que está da sua vida e projetos pessoais. Nem sempre a conta fecha. Haverá aspectos que não serão preenchidos completamente e aí está a dose de risco do processo de escolha dessa natureza.
Desses fatores, os menos tangíveis, talvez sejam os relacionados ao autoconhecimento, que nessa análise, seria o fator de maior peso e, que certamente o que mais poderia limitar o campo de prospecção.
Assim, nada mais sábio, diante da enormidade de possibilidades, do que investir tempo em se conhecer melhor.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/adrianagomes/2013/08/1321094-paradoxos-e-escolhas.shtml