Você pode voltar atrás e rever suas escolhas

Quem está insatisfeito pode começar um plano de ação para mudar tudo ou esperar a aposentadoria para fazer o que gosta

Adriana Gomes 

A vida não é como um filme, em que é possível cortar uma cena aqui, refazer outra ali, editar o material todo e pós-produzir. Ela acontece em tempo real e, por isso, o impacto de muitas das nossas escolhas é irreversível. Escolhemos os amigos, os lugares para viajar, os livros, os filmes, o namorado, a faculdade e também a carreira que vamos seguir.
Em caso de arrependimento, se a vida fosse um filme, bastaria retomar a cena, ajustar o corte e escolher outro caminho. Na vida real, voltar atrás não é possível, mas não precisa amargar a vida toda, pois as escolhas não precisam ser para sempre, nem mesmo a profissional.
As pessoas mudam com o passar do tempo, adquirem novos conhecimentos e vivências, ampliam a sua visão de mundo, repensam as suas crenças. Por outro lado, questões sociais, econômicas, políticas, tecnológicas são variáveis que interferem diretamente no mercado de trabalho, que é dinâmico e precisa se adaptar às novas demandas e inovar.
Assim, não é raro que aquela sua primeira escolha profissional, feita há anos, não atenda mais as suas necessidades. É comum que você se pergunte “o que eu estou fazendo aqui?”. No entanto, se essa pergunta for muito frequente na sua cabeça, é bom ficar atento, pode ser um alerta. Vale a pena pensar sobre os rumos da sua carreira ou sobre a atividade que vem desempenhando.
Acredite: é possível mudar a qualquer momento, mas, antes de sair fazendo mudanças, é necessário ter um plano de ação e coragem para enfrentar as possíveis dificuldades que essa decisão pode trazer.
Para começar a pensar nesse plano de ação, sugiro três passos:
1 – pesquise sobre suas áreas de interesse. Não se contente com breves descrições em guias de estudante e internet. É preciso ir mais fundo, fazer uma boa sondagem do mercado, conversar com profissionais, conhecer o local de trabalho, saber quais são os ossos do ofício. Todo ofício tem os seus;
2 – avalie as questões financeiras. Toda mudança, seja de carreira ou uma simples troca de emprego, pode gerar perdas iniciais de remuneração. Além disso, muitas vezes é preciso investir na aquisição de novos conhecimentos, com cursos de extensão, pós-graduação ou até uma nova faculdade;
3 – pense no quanto você está disposto a perder do seu “status” atual para correr o risco de fazer algo diferente. As pessoas se acostumam com as vantagens que títulos de Executivo, Gerente, Diretor, CEO`s, CFO´s, etc podem trazer. A mudança implica em abrir mão de algumas coisas para conseguir outras. Nem sempre isso é fácil. Nem sempre é rápido.
Esse é apenas o começo. Todo processo de mudança pode ser doloroso e mais lento do que gostaríamos. No entanto, se você está insatisfeito, não há outro jeito – ou você parte para novos rumos ou espera a aposentadoria chegar para finalmente estar “livre” e fazer o que quer. Lembra que a vida não é um filme? Pois é, ela não pode cortar a cena hoje e pular para daqui a 20 anos… Por essas e outras é que eu recomendo a primeira alternativa. Se você ainda está em dúvida, aproveite esse começo de  ano para pensar. É um momento propício para a autoavaliação e o recomeço. Ótimo 2013!
http://msn.clickcarreira.com.br/querocrescer/2012/12/21/5058/voce-pode-voltar-atras-e-rever-suas-escolhas.html
 
 

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