por Patrícia Rodrigues
Veja como preencher esse campo nas principais plataformas de busca de emprego, segundo uma orientadora de carreiras
Além de facilitar a vida dos recrutadores, o resumo profissional ajuda a conectar os tópicos já inclusos no currículo – como experiências e formação acadêmica – e, principalmente, mostrar se o candidato sabe se apresentar e interpretar os objetivos da vaga antes de se lançar à disputa.
“Esse espaço, nem sempre obrigatório de ser preenchido em algumas plataformas, já adianta a capacidade de análise e de síntese do candidato e de como ele adapta suas habilidades às exigidas para o cargo”, acrescenta Adriana Gomes, coordenadora nacional da área de Carreira e Mercado da ESPM.
A especialista também apresenta 8 dicas sobre como fazer um resumo profissional para o currículo:
1. ESCREVA ATÉ 500 CARACTERES
O espaço é suficiente para analisar, sintetizar e expressar suas formações, principais competências, capacitações e tempo de experiência de forma atraente, relacionando tudo isso à vaga oferecida.
Lembre-se de que o resumo profissional funciona como um pitch de elevador, aquele tempo precioso para falar o que há de mais importante sobre você (especialmente se tem muito tempo de carreira, quais suas principais conquistas/resultados em determinada área/segmento/empresa e como isso poderá ajudar na “nova empresa”). Mais que isso, o recrutador já tem no currículo. Para facilitar a leitura, é possível utilizar bullets.
2. PERSONALIZE O RESUMO CONFORME A VAGA
Dificilmente um texto genérico vai ser atraente para todas as oportunidades disponíveis no mercado. O correto é buscar as palavras-chaves disponíveis no anúncio e customizar de acordo com suas habilidades. Também é possível mencionar “xx anos na empresa Y”, apenas se ela tiver convergência/for referência no mercado ao qual a vaga se refere.
3. DEIXE O RESUMO PROFISSIONAL GENÉRICO PARA OS BANCOS DE TALENTOS
Esse modelo pode até ser válido, mas utilize essa opção para compilar/sintetizar suas habilidades em plataformas que não explicitaram suas especificações/necessidades (reveja de tempos em tempos). Neste contexto, invista na formação acadêmica e principais experiências, de acordo com a área da anunciante.
4. NADA DE MEIAS VERDADES OU MENTIRAS PARA SE ADAPTAR ÀS OPORTUNIDADES
Certos conhecimentos, habilidades e outras informações importantes — fluência em idiomas, conhecimentos de softwares, tempo de experiência, referências etc. — são rapidamente checados em uma conversa (ou busca). Falta de sinceridade e de transparência também são motivos para desclassificação.
5. NUNCA TRABALHOU? NÃO TEM PROBLEMA
O resumo profissional também é uma ferramenta importante para quem busca um estágio, como “objetivo profissional”. Mesmo sem experiência no mercado, é possível destacar conhecimentos, trabalhos realizados (inclusive os voluntários) durante a graduação, pesquisas, domínios de ferramentas e outras atividades acadêmicas.
6. NESSA PARTE, ESQUEÇA AS SOFT SKILLS
Habilidades socioemocionais são importantes, mas não no resumo profissional. Apelar para elas nesse espaço soa como autopromoção e essa atitude está longe de pegar bem entre os recrutadores.
7. OS PRINCÍPIOS VALEM PARA O LINKEDIN
Mesmo que não seja para atender a um anúncio propriamente dito, o resumo profissional é o seu cartão de visitas nessa importante plataforma. Assim, a regra número um é mantê-lo sempre atualizado.
8. MANTENHA O RIGOR COM A GRAMÁTICA
Mesmo que a comunicação atualmente pareça mais “aberta” quanto ao uso da língua, conhecer bem o idioma é ainda pré-requisito nos processos seletivos (mesmo em setores considerados informais).
No resumo (assim como no currículo), esqueça gírias, redobre a atenção para não cometer erros de ortografia, de concordância, de digitação e repetições, além de revisar diversas vezes antes do envio. Esses fatores “descredibilizam” o candidato e eliminam de cara a chance de o avaliador prosseguir na leitura e análise do currículo.
Link original da matéria:
www.tmjuntos.com.br/carreira/8-dicas-sobre-como-fazer-um-resumo-profissional/